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Retrospectivas na TV costumam ser um grande elenco de desgraças e pessoas que morreram. Mas aqui na Área de Membros, é uma celebração! Celebração de mais de 50 postagens inéditas, algo que só foi possível graças ao apoio de vocês, assinantes.
A seguir, os assuntos sobre os quais falamos em cada mês. Nem eu mesmo lembrava de todos eles. Vou marcar em NEGRITO os que achei mais importantes. E vocês, de quais gostaram mais?
Janeiro
Abrimos 2024 falando sobre low-carb e diabetes tipo 1, falamos sobre o mito de que uma dieta pobre em carboidratos seja ruim para o humor e o raciocínio, explicamos a relação muito importante que existe entre elevação excessiva do colesterol em low-carb com a magreza, mas talvez o ponto alto tenha sido a crítica ao documentário do Netflix sobre gêmeos promovendo o veganismo com má ciência.
Fevereiro
Será que a dieta pode influenciar a depressão? O excesso de frutose na dieta, o que tem a ver com a saúde do fígado? E a postagem mais importante de todas: pare de usar vitaminas! Novas evidências de que, na maioria das vezes, a suplementação não apenas é desnecessária, mas de fato pode fazer mal.
Março
Uma nova metanálise mostra que low-carb reduz o risco cardiovascular, e estudo mostra que manter uma dieta cetogênica permite interromper o Ozempic sem ganhar o peso novamente. Um estudo completamente ridículo sobre jejum foi repercutido por toda a mídia, o que diz muito mais sobre a mídia do que sobre o jejum. Por fim, guarde seu dinheiro para viajar: exames caros não servem para dizer qual a melhor dieta para você.
Abril
Ao comparar duas manchetes, fica claro que o adjetivo “radical” é usado de forma bastante seletiva. low-carb? Radical. Dieta de shakes? Aceitável. E enquanto profissionais de saúde seguem repetindo que low-carb é dieta da moda, economistas concluem que apenas low-carb e custo-efetiva para o manejo nutricional do diabetes. Um dos assuntos mais pedidos: menopausa e dieta. Como a postura ambígua da Associação Americana do Diabetes com relação à low-carb acaba gerando dificuldades à sua ampla adoção por profissionais e pacientes. E um dos estudos mais importantes de 2024 explicou o motivo pelo qual existem os temidos platôs de peso no processo do emagrecimento.
Maio
Qual a melhor dieta para a síndrome do intestino irritável? Resgatei um fio do Tuíter (não vou falar X!) de 2019 em que eu explico porque low-carb não é apenas uma dieta da moda. Afinal, qual o papel do exercício no emagrecimento? Em “O Buffet dos Estudos Ruins“, escrevo que “o que mais me impressiona é que, dado esse imenso buffet de estudos ruins, a mídia consegue ser seletiva em sua escolha: prefere amplificar os piores”. Restringir proteínas pode ser uma má ideia até para quem tem problemas renais. E o assunto de maior repercussão naquele mês: eritritol e risco cardiovascular.
Junho
Quando a resposta à pergunta “Como pacientes com diabetes e obesidade podem perder peso” não inclui low-carb, algo está muito errado. É preciso cuidar na massa magra no emagrecimento sobretudo com medicação. Em maio falamos do Eritritol; agora, é o Xilitol que aparece nas manchetes. Nesta postagem, ilustramos o podcast feito sobre esse assunto. O “Hamburger do Futuro” não melhorou o colesterol em relação à carne de verdade, mas a carne produziu um melhor controle da glicose. Obesidade é fator de risco para câncer, e emagrecer provavelmente reduz este risco. Por fim, uma postagem listando 8 erros comuns em low-carb.
Julho
Será que 30 gramas de carboidratos é muito ou pouco? Depende do tipo de carboidrato. Por muitos anos, quem trabalhava com dietas de baixo carboidrato observava que um número incrível de condições e doenças melhoravam com a dieta, e isto costumava ser visto com ceticismo pelos profissionais de saúde; porém, com o advento do Ozempic, os profissionais de saúde estão vendo todos os dias aquilo que antes só nós víamos. Em “Não deixem que escolham por você“, falamos sobre o fato de que muitos profissionais de saúde decidem por conta própria que uma dieta low-carb será muito difícil de seguir, e por isso nem sequer a oferecem como alternativa para os pacientes, privando-os da liberdade de escolha. Falamos ainda sobre enxaqueca e dieta, e comentamos um artigo que questiona a alegação de que dietas de baixo carboidrato são apenas para pessoas ricas.
Agosto
A genética influencia muito o nosso risco de ganho de peso, bem como o risco de adoecer por conta disso. Mas a genética não é destino. Em uma das postagens mais importantes de 2024, e talvez dos últimos vários anos, eu falo sobre o “set point” de peso e sua implicação para a perda e manutenção do peso perdido. A seguir, falo sobre o trabalho investigativo da Sari para descobrir os ingredientes do sorvete sem açúcar da Bacio di Latte – uma dentre tantas empresas a que se recusam a ter transparência no trato com o consumidor. Por fim, uma postagem divulgando um livro muito importante que aborda a desinformação a respeito à carne vermelha no que tange à saúde, ao meio-ambiente e às questões éticas.
Setembro
Um podcast exclusivo – e postagem – sobre mais um artigo ridículo relacionando carne vermelha a diabetes abriu o mês de setembro. Tivemos também a íntegra de uma palestra minha na abertura da semana acadêmica da Universidade de Caxias do Sul. Um estudo mostra que é possível adaptar dietas de baixa carboidrato no manejo da síndrome metabólica para diferentes culturas alimentares. Tivemos ainda uma importante postagem com evidências sobre os benefícios de low-carb para psoríase e artrite psoriática. E a área de membros não parou nem nas férias! Nessa postagem, fizemos um diário com o que comemos em uma viagem internacional.
Outubro
Abrimos o mês com mais uma metanálise indicando que low-carb é uma das melhores estratégias para perda de peso. E embora eu já tivesse escrito sobre low carb DM1 em janeiro, novas evidências robustas surgiram desde então, tornando necessária mais uma postagem sobre o assunto. A seguir, fiz uma resposta em formato de áudio a um questionamento de um leitor sobre uma das mais comuns alegações de quem critica a abordagem low-carb no manejo do diabetes: o efeito da gordura nas saturada na dieta sobre a sensibilidade à insulina. E encerramos o mês com uma das postagens mais lidas: “Cetogênica: mitos e verdades“.
Novembro
Abri o mês de novembro com uma postagem que inclui meus comentários indignados em áudio a respeito de um estudo que mostrou que low-carb permite reduzir a quantidade de medicamentos em diabetes, e a forma bizarra com que tal estudo foi repercutida no agregador de notícias médicas Medscape. Para relaxar, a postagem seguinte trata com a devida ironia as incoerências da mídia no que diz respeito a dietas de baixa carboidrato. Fizemos um novembro uma aula ao vivo pelo Zoom sobre adoçantes, cuja gravação está disponível na íntegra. Por fim, falamos sobre mais um (pequeno) estudo mostrando que low-carb produz melhoras superiores no lipedema quando comparada a outras dietas, mesmo com a mesma quantidade de calorias.
Dezembro
Uma importante postagem abordou um tema pouco comentado por aqui: o impacto do sono na saúde metabólica e na composição corporal. Em outra postagem, faço a crítica a um press release da USP que emprega de forma inadequada linguagem causal para falar da relação entre jejum em transtornos alimentares. A seguir, falamos sobre a bizarra matemática que faz com que as pessoas achem que adoçar com maçã e diferente de adoçar com cana.
Agradecendo a todos mais uma vez pelo apoio, desejo um feliz 2025 🙂